Metodologia

Um dos principais projetos desenvolvidos pelo Programa Carbono Zero é o desenvolvimento parcial ou total dos 3 passos que levam ao objetivo de conscientização e redução de gases estufa potencializadores das mudanças climáticas. O primeiro é inventário das principais fontes de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), o segundo a neutralização pelo plantio e o terceiro a proposição de ações de mitigação. Segue abaixo uma breve descrição dos mesmos.

Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE)

No inventário são consideradas as emissões dos principais GEE – dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) – que são convertidas na unidade-padrão dióxido de carbono equivalente (CO2e). Entre os dados mais comumente coletados podemos citar as emissões provenientes de queima de combustíveis, geração de efluentes, gastos com energia elétrica e produção de resíduos. Porém, as variáveis coletadas podem variar de dependendo do nível de urbanização ou tecnificação agropecuária. O Programa Carbono Zero emprega metodologias baseadas em diretrizes definidas por organizações regulamentadoras nacionais e internacionais: ABNT NBR ISO 14.064, GHG Protocol e IPCC Guidelines.

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Neutralização

A alternativa empregada para a neutralização das emissões dos eventos participantes do Programa Carbono Zero é a compensação por meio do plantio de mudas. As florestas são consideradas sumidouros naturais de carbono, uma vez que elas incorporam na sua biomassa o carbono disponível na atmosfera na forma de CO2. Em nossos cálculos é considerada a remoção anual de 6 kg de CO2e por árvore.O plantio é feito com um número maior de mudas, com acréscimo de 20% do necessário, para compensar aquelas que podem não sobreviver. Considera-se que as árvores plantadas neutralizarão as emissões de GEE durante um horizonte de 30 anos.

Os plantios referentes à Semana do Fazendeiro são realizados no Espaço Aberto de Eventos da UFV  e são constantemente monitorados a fim de verificar a adaptabilidade das espécies e a evolução da estocagem de carbono por essas plantas. As mudas são obtidas a partir de parcerias com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Sociedade de Investigações Florestais (SIF). Em geral, o programa Carbono Zero recomenda que os plantios de neutralização sejam realizados, principalmente, em áreas degradadas, com baixa estocagem de carbono e com potencial relevância para a sociedade do entorno. Plantios nessas áreas visam, além de compensar as emissões, colaborar com a recomposição vegetal do local e fortalecer o apelo ambiental junto à comunidade.

Proposição de ações para redução

A compensação deve estar atrelada às estratégias de redução das emissões. O inventário possibilita a identificação das fontes emissoras de maior contribuição e, por meio dele, a implementação de ações que minimizem as emissões de GEE direcionadas à essas atividades. A redução das emissões é uma ação importante na gestão das organizações. Os benefícios relacionados ao gerenciamento das emissões estão associados a aspectos ambientais, econômicos e sociais, e vão desde a implementação de melhorias na eficiência de processos, bem como a veiculação da imagem da organização ao desenvolvimento sustentável. O Programa Carbono Zero busca alternativas para a diminuição das emissões de GEE para a atmosfera, buscando contribuir para a consolidação de uma economia de baixa emissão de carbono.